Quero abraçar o mundo
Mas meus braços não o comportam
Trilhar os caminhos mais curtos
Tomado pela avidez de em pouco tempo
Ter de tudo um pouco e mais o tudo
Nem sempre são caminhos seguros
Mas meus pés não se importam
Seguem sorrateiros seus ignotos rumos
Tomados pela cálida labareda do desejo
De em tudo viver tudo, ter para mim todo o tempo
Despistado pelo meu olhar já turvo
Sigo por atalhos que me desorientam
Becos de pedra estreitos e escuros
Que canalizam um vento frio como gelo
Muralhas de pedras manchadas são o meu cabresto
Quero me encontrar nesse cinza escuro
E nas trevas gélidas acalentar meu eu
Com fogueira de palha úmida, que seja
Mas manter meu espírito fervendo
Do contrário, não terei nem alento nem tempo
Não terei a mim mesmo
Para seguir trilhando o erro dos meus passos
E abraçando o insuportável fardo
De viver num mundo sem cabimento
segunda-feira, 18 de maio de 2009
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Um comentário:
"Mundo, vasto mundo, ou serás tão pequeno? Eu tive meus medos e hoje os desdenho (ou limita-os)... mas por "coincidência” tu que lês esse abreviado poema sentiu, sente ou sentirás o mesmo dilema: Um vazio, vazio, vazio..." Sabryna Sanschez
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